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10 x de R$26,10 | Total R$261,03 |
Artista - Weyes Blood
Título - The Innocents
Gravadora - Mexican Summer
Ano - 2014
Formato - LP, vinil simples
Existe um filme perturbador chamado The Innocents, estrelado por Deborah Kerr, lançado em 1961. Baseado em uma peça do mesmo nome, que por sua vez adapta a novela The Turn of the Screw, de Henry James, a história envolve uma governanta contratada para cuidar de duas crianças que podem estar possuídas pelos fantasmas de um casal que cuidava delas no passado, destruindo vidas com sua natureza deviante.
O filme começa com uma música sombria, "O Willow Waly", cantada por uma menina, enquanto a imagem de Deborah Kerr orando e chorando aparece na tela. Esse início te deixa desconfortável e cria uma sensação de dúvida que persiste ao longo da história, algo que Henry James desejava ao explorar o sobrenatural, extraindo o mal de elementos inesperados e criando uma atmosfera de desconfiança que ainda influencia o suspense narrativo.
O segundo álbum de Natalie Mering, conhecida como Weyes Blood, também lida com verdades duras. Sua voz, que transita por dois registros vocais, revela uma vulnerabilidade presente em suas letras claras e sem rodeios. As canções de The Innocents são emocionais e diretas, com letras como “I'm as broken as a woman can be” (“Estou quebrada como uma mulher pode ser”) mostrando uma honestidade crua, quase dolorosa.
Musicalmente, Weyes Blood mistura folk americano e britânico, criando uma sonoridade única ao combinar instrumentos tradicionais com eletrônicos e efeitos de fita. A canção “Bad Magic” é um exemplo da beleza melancólica de seu som, que, embora triste, é ainda mais impactante quando contrastado com o restante do álbum, onde cada música é um reflexo único de sua arte.
Assim como Henry James, Weyes Blood cria músicas que provocam uma resposta emocional crua, deixando espaço para interpretação. Sua música soa assombrada, mas isso depende de como o ouvinte a percebe: será que é apenas um eco de nossos próprios medos ou há algo mais, algo além de nossa compreensão? Como Mering disse em uma entrevista, sua “estranheza” é tão intencional quanto você acredita que seja, buscando uma expressão genuína e profundamente conectada ao passado.