1 x de R$260,00 sem juros | Total R$260,00 | |
2 x de R$139,93 | Total R$279,86 | |
3 x de R$94,67 | Total R$284,00 | |
4 x de R$72,06 | Total R$288,24 | |
5 x de R$58,40 | Total R$292,01 | |
6 x de R$49,25 | Total R$295,49 | |
7 x de R$42,61 | Total R$298,27 | |
8 x de R$37,77 | Total R$302,20 | |
9 x de R$34,00 | Total R$305,99 | |
10 x de R$30,85 | Total R$308,49 |
Artista - Nick Drake
Título - Five Leaves Left
Gravadora - Island Records (Back To Black)
Ano - 2013 (1969)
Formato - reedição remasterizada / LP, vinil simples / capa dupla
Não é de se estranhar que Nick Drake tenha se sentido frustrado com a falta de sucesso comercial que sua música teve inicialmente, considerando a ajuda que teve em seu álbum de estreia. Além da produção refinada de Joe Boyd e da colaboração de nomes como Richard Thompson (do Fairport Convention) e o baixista Danny Thompson (do Pentangle, sem parentesco), Drake ainda contou com o amigo de escola Robert Kirby para criar a maioria dos arranjos de cordas e sopros — precisos na medida certa. Sua própria performance mantém um equilíbrio cuidadoso entre acessibilidade excessiva e introspecção melancólica, combinando o melhor dos dois mundos sem cair nas armadilhas de nenhum.
O resultado foi uma estreia fantástica — e se o culto a Drake costuma projetar mais em sua obra do que ela necessariamente oferece, Five Leaves Left continua sendo um trabalho extremamente bem-sucedido. Tendo superado os estilos simpáticos, mas derivativos, registrados nas fitas caseiras que circularam por anos como bootlegs, Drake infunde suas composições com a dose exata de drama — cansaço do mundo em sua voz, instrumentação com ritmo calculado e outros detalhes que fazem tudo funcionar. Suas letras revelam uma poesia emocional sutil, como na fantasia pastoral de "The Thoughts of Mary Jane", que seu canto suave e articulado eleva ainda mais. Às vezes ele se projeta com mais clareza — como na impressionante combinação de voz e cordas em "Way to Blue" — e em outras, insinua mais do que revela, apenas sugerindo estados de espírito.
A sutileza é a chave para o sucesso de suas canções e interpretações, o que torna tão eficazes combinações como sua voz com os congas de Rocky Dzidzornu em "Three Hours" e o arranjo encantador de "'Cello Song". Danny Thompson é o músico convidado mais constante do álbum, com um trabalho de baixo que traz peso sutil sem nunca atrapalhar a canção — mérito também da produção de Boyd, que soube dar espaço e delicadeza à obra.