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BBE
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Descrição

Artista - Paul Ndlovu ; The Angels ; Black Moses ; Richie ; Mafika ; Babsy Mlangeni ; Tools & Figs ; Joy White ; Dieketseng Mnisi ; Sky Jinx ; Joe Masunga ; Obed Ngobeni ; The Kurhula Sisters ; Chicco

Título - Borga Revolution! (Ghanaian Dance Music In The Digital Age, 1983-1996) (Volume 2)

Gravadora - BBE

Ano - 2023

Formato - coletânea / LP, vinil triplo / capa dupla

 

1. O BOICOTE AO APARTHEID

Nos anos 80, o mundo — com razão — intensificou o boicote contra o governo do apartheid na África do Sul.

Mas isso teve consequências inesperadas e às vezes negativas para os profissionais e consumidores de música no país.

Os músicos ainda precisavam fazer shows ao vivo, dentro e fora do país, além de gravar e vender discos. A juventude continuava aspirando às baladas e festas de fim de semana, após trabalhos duros e mal pagos sob o jugo de um governo opressor. A música era seu refúgio: especialmente a soul, o jazz, o boogie, o disco e o funk de inspiração afro-americana.

 

2. UMA DIVERSIDADE ÚNICA

Produzir excelência musical não era novidade para a África do Sul, mesmo nos anos 80: tanto a música tradicional quanto o jazz em diversos estilos já vinham sendo apresentados, gravados e valorizados há décadas, com a ajuda de alguns dos engenheiros de som e produtores mais habilidosos e criativos do mundo — em muitos casos, com músicos de jazz que rivalizavam com seus pares americanos.

Mas o que torna a música popular sul-africana dos anos 80 única é que ela precisava — e, em grande parte, conseguiu — agradar a uma população multiétnica e multilíngue como quase nenhuma outra no mundo, especialmente considerando o tamanho geográfico do país.

Podiam existir muitas diferenças tribais e políticas no dia a dia entre zulus, sotho, xhosa, tsonga e outros, mas quando chegava o fim de semana, essas diferenças muitas vezes se dissolviam na pista de dança. Paul Ndlovu tinha fãs tanto entre os zulus quanto entre os shangaans; Black Moses e os Soul Brothers eram admirados por todos... e assim por diante.

E todos — críticos e fãs — concordaram em adotar o apelido “Bubblegum” como uma descrição geral para o estilo.

 

3. MZANSI PEGOU O DISCO — E DESACELEROU UM POUCO...

... exatamente como os DJs e produtores sul-africanos dos anos 90 e início dos 2000 fizeram com o house, ao desacelerá-lo um pouco para desenvolver o kwaito, o gqom e, mais tarde, o amapiano.

O sampler Roland TR-707 surgiu em 1985 — no momento exato para o florescimento do disco e do boogie em Mzansi. E, nas mãos criativas de arranjadores, engenheiros e produtores como Peter “Hitman” Moticoe, cujo trabalho está presente em várias das faixas desta coletânea, ele se transformou em algo único da África do Sul.