Artista - Luke Temple
Título - Hungry Animal
Gravadora - Western Vinyl
Ano - 2026
Formato - LP, vinil simples
Pré-venda - envios previstos a partir de 27/02/2026
Em Hungry Animal, Luke Temple continua a traçar as linhas invisíveis entre o pessoal e o cósmico — entre o que sentimos, o que observamos e o que herdamos simplesmente por estarmos vivos. O álbum reúne Temple novamente com Doug Stuart (baixo) e Kosta Galanopoulos (bateria), o núcleo de seu projeto Cascading Moms, cuja química instintiva sustenta o equilíbrio do disco entre precisão rítmica e deriva melódica. Juntos, eles moldam um som que soa artesanal e fluido, oferecendo observações afiadas em foco suave.
Hungry Animal se abre com “Clean Living”, um groove ternamente libidinoso que desmonta mitos de pureza e autodisciplina — menos uma confissão do que uma celebração da inutilidade de buscar a perfeição em um mundo falho. Em seguida, “Echo Park Donut” se desloca para a memória de uma vinheta perturbadora, extraída de um episódio violento ocorrido do lado de fora da casa de Temple em Los Angeles. A banda se move com um pulso silencioso sob a narrativa, sugerindo ao mesmo tempo distanciamento e a intimidade surreal do medo.
A faixa-título, “Hungry Animal”, ancora as questões mais amplas do álbum: até que ponto conseguimos realmente conhecer uns aos outros — ou a nós mesmos? As letras de Temple orbitam a ideia de que somos animais entre animais, movidos tanto pelo instinto quanto pelo afeto. É uma canção ao mesmo tempo lúdica e filosófica, um dos centros emocionais do disco.
Os companheiros de banda de Temple trazem uma maestria contida a essas composições. Os grooves melódicos e contagiantes de Stuart dialogam com fluidez com a bateria de Galanopoulos, que insufla vida em cada faixa enquanto as impulsiona delicadamente adiante. A interação do trio soa leve e profundamente enraizada — capturando a atenção e a empatia do ouvinte sem jamais impor-se.
Com Hungry Animal, Luke Temple e o Cascading Moms criam um mundo em que a reflexão se torna ritmo e a consciência ganha textura — um álbum de revelações silenciosas e graça deliberada.