Artista - Khruangbin
Título - A La Sala
Gravadora - Dead Oceans
Ano - 2024
Formato - LP, vinil simples
O quarto álbum de estúdio do Khruangbin, A La Sala, é um exercício de retorno para ir além, e fazê-lo em seus próprios termos. Ele dá continuidade ao mistério e à santidade que são a chave para a forma como a baixista Laura Lee Ochoa, o baterista Donald "DJ" Johnson Jr. e o guitarrista Mark "Marko" Speer abordam a música. Se Mordechai, de 2020, o último LP de estúdio que o Khruangbin fez sem colaboradores, foi um disco de festa que melhorou a reputação musical da banda em toda parte, então A La Sala é a manhã seguinte medida. É um disco maravilhosamente arejado, gravado apenas na companhia do engenheiro de longa data do grupo, Steve Christensen, com o mínimo de overdubs. É uma janela para as recompensas que alimentam a visão de Khruangbin, uma reimaginação e um reabastecimento para o longo caminho a ser percorrido. A La Sala reduz a escala de Khruangbin para aumentar a escala, uma estratégia criativa com o futuro em mente.
O DNA musical coletivo do trio, os anos passados construindo-o no caldeirão cultural local e global de Houston, garante que a banda continue a soar como ninguém além de si mesma. Uma cascata de melodias nítidas emana da guitarra elétrica com reverberação pesada de Marko, dançando suavemente em torno dos triângulos minimalistas de baixo quase dub de Laura Lee, enquanto a bateria de DJ serve como o bolso apertado e a pista de dança inabalável na qual todo esse movimento acontece. No entanto, há um frescor na interatividade instrumental de A La Sala, menos preocupada em ir mais longe do que em ir mais fundo, um desejo profundo de celebrar as maravilhas externas do mundo. Enquanto os álbuns anteriores se esforçavam para alcançar as bordas poliglotas da música, essas indagações agora soam como intimidades amadas. Aqui, os pontos de contato sonoros do Khruangbin - sejam eles partituras de filmes spaghetti-western (em "Fifteen Fifty-Three"), discotecas da África Ocidental (em "Pon Pón"), fantasias de G-funk ("Todavía Viva"), momentos de dança na sala de estar (o primeiro single, "A Love International") ou até mesmo sons de ambientes encontrados (em "Farolim de Felgueiras e em todo o álbum") - são características arraigadas. É assim que eles são! Únicos e enormes (e em crescimento), ambiciosos e determinados.
As aspirações e o compromisso do Khruangbin com a criatividade lúdica se estendem até mesmo às embalagens de vinil do A La Sala, que terá sete capas e conjuntos de cores diferentes. Projetadas pela banda com base nas inúmeras fotos de viagens de Marko, as imagens são janelas da sala de estar da banda para um conjunto de devaneios, cenas de céus impossíveis, olhares externos que iluminam o que está acontecendo em seu interior. Cada imagem da capa vem com um vinil de cor correspondente. Essas imagens também se referem a olhar para fora e para trás, a fim de olhar melhor para o futuro.
