Artista - Swell Maps
Título - Jane from Occupied Europe
Gravadora - Easy Action
Ano - 2018 (1981)
Formato - reedição Record Store Day, remasterizada / vinil simples
Depois que o Swell Maps se separou, Jowe Head foi o primeiro dos três ex-integrantes que lançariam material solo. E quando os irmãos Nikki Sudden e Epic Soundtracks lançaram seus primeiros trabalhos em 1982 e 1992, respectivamente, ficou evidente quem era realmente a força criativa por trás do Swell Maps. Enquanto Sudden se contentava em imitar os Rolling Stones, Soundtracks tentava combinar o lado rootsy do Velvet Underground com os Byrds, e chegou a algo tão anêmico que chega a ser trágico. O primeiro álbum do Soundtrack se parece muito com aquele álbum que os Swans fizeram com Bill Laswell, amplamente considerado o pior do catálogo deles; um tipo de rock de ritmo médio que não soaria muito fora de lugar em uma estação de rádio country&western.
Mas vamos voltar a Jowe Head e Pincer Movement. Pequenos trechos de ambiente são intercalados entre cada música. Felizmente, esses trechos duram apenas de dez a vinte segundos, e as músicas que eles encerram são uma espécie de mini obras-primas, cada uma delas. A influência do Can atribuída a Swell Maps deve ter vindo diretamente de Head, pois ele canaliza Holger Czukay como um médium do rock&roll que se deixa levar por uma folha cheia de mata-borrão. Todas as músicas de Pincer Movement soam como se tivessem sido inspiradas por Cool in the Pool, de Czukay. Mas Jowe não está apenas repetindo a máquina de xerox sônica aqui, ele está pegando uma única ideia e explorando-a em sua totalidade. E se uma única ideia for realmente boa, e nesse caso é, então essa única ideia pode ser tudo o que é necessário para criar um álbum realmente digno. Essa é uma estreia que seria difícil de ser seguida por qualquer um, e Head praticamente explorou a mesma veia em seu segundo trabalho, portanto, Pincer Movement é o álbum a ser adquirido.
