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Secretly Canadian
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Descrição

Artista - Faye Webster

Título - Underdressed At The Symphony

Gravadora - Secretly Canadian

Ano - 2024

Formato - LP, vinil simples, branco e azul

 

As músicas de Faye Webster são linhas diretas para o subconsciente humano, e Underdressed at the Symphony documenta o que acontece quando você começa a construir um novo "eu" a partir das cinzas de antigas rotinas. Esse renascimento não é chamativo nem definitivo, mas sim uma série de momentos aparentemente banais que, espalhados ao longo de semanas e meses, vão silenciosamente conduzindo a algo parecido com a cura. Sim, há um término em jogo, mas Webster não está exatamente documentando a dor da separação, e sim navegando pelas curvas do próprio sentimento de desilusão.

Gravado no Sonic Ranch Studios, no Texas, com sua banda de longa data, Underdressed at the Symphony conta com os arcos cintilantes do pedal steel de Matt Stoessel, a bateria contida e comedida de Charles Garner e, ocasionalmente, guitarras adicionais de Nels Cline, do Wilco, entre outros colaboradores essenciais. O título do álbum faz referência ao hábito que Webster desenvolveu após o término: ir ao acaso à sinfônica, geralmente comprando o ingresso no último minuto. "Ir à sinfônica era quase como uma terapia pra mim. Eu estava literalmente malvestida na sinfônica, porque decidia na hora que era aquilo que queria fazer", ela diz. "Era o que eu sentia que precisava ouvir. Era uma forma de escapar de um momento meio merda da minha vida e estar em um outro mundo por um instante."

Esse tom leve com um fundo melancólico permeia o álbum todo e é a força motriz por trás de “Lego Ring”, com participação do multifacetado artista de Atlanta, Lil Yachty — a única voz convidada do disco. O vocal etéreo de Yachty paira abaixo da voz de Webster, furando o silêncio, tremendo sobre uma linha de baixo sutil. A canção também funciona como uma espécie de alívio — um momento leve que corta a tristeza. “Acho que cheguei num ponto da composição, durante esse disco, em que pensei: ‘cara, já falei muita coisa’. Então só sentei e cantei sobre esse anel que eu queria muito”, diz Webster.

Como o resto do álbum, Webster não entrega respostas, nem embarca numa grande jornada de cura ou autodescoberta. Em vez disso, ela escolhe simplesmente viver — documentando o desgosto e os momentos ridículos lado a lado, até que comecem a se confundir, tornando-se reais o suficiente para que todos nós possamos sentir.