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Psico BR
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Descrição

Artista - Eduardo Araújo & Silvinha

Título - Sou Filho Dêsse Chão

Gravadora - Psico BR

Ano - 2022 (1976)

Formato - reedição / LP, vinil simples

 

Eduardo Araújo é um cantor brasileiro dono de uma voz forte, mas também capaz de alcançar notas altas impressionantes; e sua parceira musical Silvinha, dona de uma voz marcante e carregada de soul. Ambos foram amplamente conhecidos pelo grande público e tiveram carreiras bem-sucedidas em diversos estilos musicais ao longo das décadas de 1960, 1970 e 1980 no Brasil.

Araújo alcançou a fama ainda jovem, no início dos anos 1960, com o enorme sucesso “O Bom”, dentro do movimento da Jovem Guarda, ao lado de companheiros como Erasmo Carlos e Tim Maia, que também despontavam na época. Eduardo Araújo e Silvinha se casaram no final dos anos 1960 e tornaram-se parceiros na vida e na música, gravando tanto álbuns solo quanto em dupla, sempre com destaque na cena musical pelo talento e acompanhados por grandes músicos.

Após seu início promissor, Eduardo Araújo foi pioneiro na introdução da soul music no Brasil com o álbum A Onda é Boogaloo, de 1968, produzido por Tim Maia.

Em 1972, Eduardo Araújo lançou Kizumbau, o primeiro disco brasileiro gravado em 24 canais. O álbum trouxe várias inovações e é amplamente conhecido por seu estilo particular de combinar funk rock com ritmos regionais brasileiros.

Em 1975, Araújo lançou um álbum conceitual voltado às raízes do rock and roll, intitulado Pelos Caminhos do Rock, que abriu caminho para a aproximação com bandas de hard rock da década, influenciado por grupos como Steppenwolf e Creedence Clearwater Revival.

Para o álbum de 1976, Eduardo Araújo quis mergulhar na cultura brasileira. Viajou a Salvador, na Bahia, onde teve contato com a capoeira e o candomblé — duas expressões culturais de origem afro-brasileira, presentes desde o período colonial — como base para o desenvolvimento do novo álbum Sou Filho Desse Chão, gravado em seu estúdio próprio, recém-inaugurado, com estrutura de oito canais.

Eduardo Araújo reuniu uma equipe de músicos de destaque: Dirceu, baterista da Tropicália e primeiro baterista do álbum dos Mutantes; Luciano Souza "Luguita", guitarrista lendário que influenciou músicos como Pepeu Gomes (Novos Baianos) e tocou com Arnaud Rodrigues e Som Nosso; Valdecir no baixo, integrante da Banda Black Rio, precursora do movimento da black music no Rio de Janeiro; e o sanfoneiro Dominguinhos, mais famoso discípulo de Luiz Gonzaga.

A capa do disco também fugiu dos padrões da indústria, por decisão do próprio Eduardo: ele queria retratar fielmente o calor, a secura e a aridez do sertão brasileiro, representado de forma dramática na ilustração do esqueleto brutal montado em seu cavalo de fogo. Como explicou em 1976:

“Nossa filosofia musical continua a mesma: misturar rock com música nordestina para criar um som universal.”