1 x de R$300,00 sem juros | Total R$300,00 | |
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3 x de R$109,23 | Total R$327,69 | |
4 x de R$83,15 | Total R$332,58 | |
5 x de R$67,39 | Total R$336,93 | |
6 x de R$56,83 | Total R$340,95 | |
7 x de R$49,17 | Total R$344,16 | |
8 x de R$43,59 | Total R$348,69 | |
9 x de R$39,23 | Total R$353,07 | |
10 x de R$35,60 | Total R$355,95 |
Artista - DJ K
Título - Radio Libertadora !
Gravadora - Nyege Nyege Tapes
Ano - 2025
Formato - edição limitada / LP, vinil simples
DJ K começou a produzir música aos 17 anos, mergulhando fundo nos tutoriais de FL Studio e lapidando sua arte. Agora, aos 24, ele se consolidou como uma das vozes mais ousadas e inventivas do funk brasileiro contemporâneo. Natural de Diadema, na periferia de São Paulo, DJ K rapidamente ganhou destaque com a criação da bruxaria — uma vertente sombria, barulhenta e psicodélica do baile funk que redefine os limites do gênero.
Dois anos após seu disco de estreia inovador, Pânico no Submundo, DJ K retorna com Rádio Libertadora, um álbum ainda mais agressivo, visceral e politicamente carregado. Em suas próprias palavras, é “um álbum contra o sistema” — uma rebelião sonora que confronta a violência urbana, a desigualdade social e a brutalidade policial, enquanto assume a sexualidade explícita da putaria como ato de liberdade e desafio.
O título do álbum faz referência ao legado de resistência do Brasil contra a ditadura militar. Sua faixa de abertura declara, sem rodeios, “Abaixo a ditadura militar”, sampleando um discurso histórico do guerrilheiro comunista Carlos Marighella, originalmente transmitido durante uma tomada clandestina de rádio em 1969. Com participação de MC Renatinho Falcão, a faixa é um ataque sonoro — ruídos metálicos, graves trovejantes e camadas de distorção colidem com letras insurgentes que retratam as favelas como campos de batalha em uma guerra social não declarada.
Rádio Libertadora canaliza o espírito militante do rap de protesto brasileiro dos anos 1990 — inspirado em lendas como Racionais MCs, Ndee Naldinho e Dexter — enquanto se imerge em uma paisagem eletrônica brutal e corrosiva. Faixas como “Troca Tiro e Faz Dinheiro” e “Sobrevive Contra o Estado” entrelaçam tiros, alarmes e sirenes em ritmos frenéticos, lançando o ouvinte em uma experiência cinematográfica de guerra. Em “Mega Suicídio Automotivo”, as batidas se recusam a se fixar, mudando de forma imprevisível por cenários apocalípticos e hiperconectados que espelham o caos da vida moderna.
Em faixas como “Psy Vem Fazer Neném”, “Techno de Favelado” e “Ali Perto da Imigrantes”, DJ K reimagina a música de clube sob a ótica da bruxaria. Hi-hats cortantes do techno e linhas de baixo pulsantes do house colidem com guinchos alucinógenos de tuin, disparos de laser e assobios distorcidos, borrando as fronteiras entre rave e rebelião. Nas mãos de DJ K, o baile funk é armado — tornando-se a trilha sonora de uma insurreição surreal nas pistas de dança da periferia paulistana.
Com Rádio Libertadora, DJ K expande as fronteiras do funk, transformando-o em uma arma visceral de protesto e libertação. Mais do que um álbum, é um manifesto, pulsando ao ritmo cru do underground de São Paulo.