Artista - Brandon Coleman
Título - Resistance
Gravadora - Brainfeeder
Ano - 2018
Formato - LP, vinil duplo
A Brainfeeder tem o orgulho de apresentar “Resistance” - uma odisseia funk de 2018 do maestro do teclado, vocalista, compositor, produtor, arranjador e viajante astral Brandon Coleman. Presença constante na banda de Kamasi Washington, tocando nas teclas ou empunhando seu keytar, ele é apresentado no palco em shows como “Professor Boogie” por seu amigo e colaborador de longa data. “Resistance”, lançado em 14 de setembro pela Brainfeeder, representa um novo capítulo na dinastia do funk, que abrange desde George Clinton/Parklament Funkadelic e Zapp até Dr. Dre, DJ Quik e Dam Funk, enquanto o residente de Los Angeles saúda seus heróis musicais - Herbie Hancock, Peter Frampton, Roger Troutman - e honra seu espírito de liberdade e experimentação em sua busca pelo futuro do funk.
“Resistance” é uma declaração poderosa de um artista que é apaixonado por hibridismo e inovação - costurando fios de jazz, disco, boogie, R&B, electro, soul e funk. “Nos últimos anos, estive muito tempo em estúdio, compondo com este ou aquele artista e sempre me senti limitado... como se tivesse que me comprometer e me submeter a uma sensibilidade 'pop'”, explica ele. “Desta vez, eu só queria criar algo que fosse realmente livre... algo original... para incorporar todos os estilos que represento, porque muitas vezes, quando tentei fazer isso no passado, encontrei resistência.”
A lista de artistas com os quais Coleman colaborou é ao mesmo tempo inspiradora e exaustiva. De Ciara a Mulatu Astatke e Childish Gambino a Shuggie Otis... mas um de seus parceiros de estúdio mais consistentes durante a última década foi o ícone do R&B Babyface. “Aprendi muito com ele... trabalhando em inúmeros projetos... ele me ligava a qualquer momento e dizia: 'Ei, cara, estou no estúdio com a Aretha Franklin ao piano e quero que você entre e nos ajude a arranjar algumas músicas'. E eu ficava tipo: 'Erm ok, estou a caminho'”, ele balança a cabeça e ri. “Essas experiências moldaram minha maneira de ouvir e apreciar a música”.
A epifania de Coleman veio aos 16 anos, quando ele tinha acabado de começar a tocar piano. “Meu irmão me deu um disco de Herbie Hancock - 'Sunlight'”, diz ele. “Coloquei-o para tocar e fiquei ouvindo-o repetidamente, porque não conseguia entender como ele cantava daquele jeito... parecia elétrico. Foi isso para mim”. Totalmente enfeitiçado pelo casamento entre o toque humano e a textura robótica daqueles vocais, ele passou a ouvir Peter Frampton e Roger Troutman (celebrados por seu domínio do talk box) e decidiu criar seu próprio patch de sintetizador exclusivo para seus vocais. “Eu queria ir além... se Siri pudesse cantar, é assim que Siri cantaria”, ele ri.
É apropriado que “Resistance” seja lançado pela gravadora fundada por Flying Lotus - um eterno pensador livre e campeão da explosão de gêneros. “Eu me lembro da primeira vez que o conheci”, diz Brandon. “Foi em um ensaio da 'Suite For Ma Dukes' com Miguel Atwood-Ferguson e eu entrei e notei essa configuração maluca com pedais e outras coisas, e eu geralmente sou o cara que tem isso. Quem diabos esse cara pensa que é, fazendo o que eu faço, mas com equipamentos diferentes?... e então eu pensei: 'Puta merda - esse é o Flying Lotus! Posteriormente, os dois trabalharam juntos na música de Bladerunner, na estreia de FlyLo na direção, Kuso, e Brandon também toca em “Until The Quiet Comes” e “You're Dead!”. Foi uma decisão fácil assinar o álbum com a Brainfeeder: “Parece uma família, sabe?”, explica ele. “Stephen [Thundercat] está lá... além disso, fiz muitas turnês com Kamasi e o tipo de shows que estávamos fazendo - os locais e o público - não era um público de jazz e eu gostei disso. Sinto que isso foi algo que o Brainfeeder trouxe para a mesa”.
