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Artista - Beatrice Dillon; Hideki Umezawa
Título - Basho / Still Forms
Gravadora - Portraits GRM
Ano - 2025
Formato - LP, vinil simples
O título desta obra de Beatrice Dillon é retirado da noção de basho, desenvolvida por Kitarō Nishida, filósofo japonês e fundador da Escola de Quioto. O basho (場所) de Nishida refere-se a um "lugar" ou "campo" fundamental onde as coisas existem e interagem — não apenas um local físico, mas um espaço mais abstrato, onde todas as experiências, pensamentos e fenômenos estão interconectados. Na filosofia de Nishida, o basho é um terreno dinâmico e vivo, onde sujeito e objeto, eu e mundo, não estão separados, mas sim inter-relacionados.
Inspirada por esse conceito, Beatrice Dillon desenvolve uma música de natureza complexa, que nunca deixa de se constituir como pura apresentação, constantemente reexposta, reativando a cada instante tanto o objeto da atenção quanto o ouvinte que o busca.
Apropriando-se de sons (sem origem real ou espaço interno definido) e de linguagens da música eletrônica, o Basho de Dillon é um desvio, uma reorganização que nos recoloca — por meio de elementos familiares que de repente se tornam estranhos — em um campo de escuta pura.
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Still Forms, do compositor japonês Hideki Umezawa, extrai seu material sonoro da exploração das estruturas sonoras Baschet, instrumentos desenvolvidos pelos irmãos Bernard e François Baschet na década de 1950 e amplamente valorizados no universo da criação musical contemporânea. Essas estruturas foram apresentadas na Exposição Mundial de Osaka, em 1970, e algumas permaneceram no Japão.
Por meio de diversas sessões de gravação, tanto no Japão quanto na França, Hideki Umezawa reexplora o fascinante potencial sonoro desses instrumentos atípicos para integrá-los a uma composição altamente refinada, em que sons de origem acústica e texturas eletrônicas dialogam — como no reflexo distorcido dos ressoadores das estruturas Baschet.
Still Forms é, assim, tanto uma homenagem quanto uma viagem no tempo através do incrível poder de invenção e inspiração dessas estruturas sonoras — e também uma proposta aguçada de composição eletroacústica contemporânea, que sabe se renovar sem jamais renegar suas origens.